quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Ideal

Reflito. Sou ser pensante. Tenho idéias. Boas, ruins. Idéias. Se não só por minhas, mas por idéias de outros também pensantes sou o que sou. Não importa quem sou. Poderia ser melhor ou pior. Porém não teria a mesma história pra contar. História? Que história? A feliz ou a triste? A minha! Não cabe a mim julgá-la. Apenas compartilho os fatos. Compartilho com quem queira. Pois não quero parecer um órfão autobiográfico. De fato, órfão não sou. Se fosse não aceitaria. Seria meio triste. Ou meio feliz. A interpretação é subjetiva. O garoto que apanha da mãe analisa por um ângulo certamente distinto do de um poeta.
[Pausa reflexiva]
Pensando bem, ser órfão não é de todo ruim. Famílias são genuinamente como são. Sendo órfão seria o diferente. Mas e se todos fossemos órfãos? Não haveria mais diferenças entre mim e o outro. Pelo contrário. Seriamos iguais. Quer saber?! Vou ser apenas eu. Diferente ou não do alheio. Afinal de contas, é do desigual que nasce o ideal.