sábado, 20 de dezembro de 2008

Luz... Reluz

De longínquo a reconheço. Sua áurea é provida de luz. Luz que brilha como os olhos de quem a esconde no peito. Seus sonhos a embalam. Certa está! Deve-se agir com o coração. A razão é somente para aqueles que pensam na conseqüência sem vivenciá-la. Seu sorriso, inominável. Prenda, merece o que desvendá-lo. Desisti. Não quero prenda alguma. Apenas a desejo. Desejo com todo o meu tímido vigor. Não julgues, caro leitor, que a quero com seu amante. Busco-a como um anjo de harmonia insaciável. Serei ditoso enquanto presentiar-me com sua serena presença. E, se por intuito, ausentar-se, eterno grato serei a ventura que me guiou a seu brilho. Quando partires, quererei eu seguir seu promissor rumo, mesmo em lembrança. Viverei em procissão ao encontro teu. Aguardarei o quanto precise. Enquanto espero, lembro-te. Naquela canção, naquela gravura... Estarás ali, próximo a minh’alma. E somente quando voltardes, o nó em minha garganta desatará. Prepara-te para a infindável salva, que encabulada ou não a deixará. Digna de tal, és. Presença sua, é como mergulho em rio de alegres lágrimas. É semelhante a triunfo sofrível, porém saciado. É luz. Luz que clareia minha vida.