quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Poeta Morto

Quando romper-se a fibra
Convivente em meu peito
Não chores no dolo cruel
Sorria, pois, em memória
De venturas conjuntas a mim.

Não quero causos tristes
Nem cultos a minha postura.
Não quero menções póstumas
Nem bustos banhados a cobre.

Levo apenas a saudade
De que um dia me amou.
Dias longe serão golpes
Mas concentras em viver.

Descansa sã, meu amor
Não se espelhe em solidão
Persistirei ao lado teu
Mesmo a nuvens de penar.

Ascendo às graças criadoras
Satisfeito em minha missão
E que se leia no epitáfio:
O poeta imortal.