sexta-feira, 17 de abril de 2009

Fim do Laço

Vira a esquina, a senhora.
A frígida senhora.
Mas, de fato, a soberana.
Logo ela dedicou-se a metas amanhãs.
Nas errôneas locuções do par
Convidou-se aos dedos livres.
Ou somente o canhoto anelar.
Antes rodeado do compromisso diário.
Compromisso com que, agora abranda a saudade
Simplesmente em vistosos episódios de papel.
Pois, suas lembranças abstratas dissolveram-se
Como o suposto amor alheio.
Maldita seja a fadiga!
Aquela que roubou-lhe os atentos.
Os mesmos que seriam dirigidos a verbetes companheiros.
Ah! Como é sofrido fantasiar-se de vivente
Estanto a alma densa de solidão.
Aos poucos, carrega-se da fúnebre afeição.
O distanciar dos passos da moça
É como o cruzar amolado no peito.
Se o tal tesouro desencontra o restaurar
Inclina-se a morte o sujeito vazio.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Liberdade?

Será o que a liberdade?
A noção do caminhar desregulado?
Uma proposta do nada justificar?

Será o que a liberdade?
O descansar de um apelo ordinário?
O navegar de traços santos e eleitos?

Será o que a liberdade?
Tratar de isentar-se da névoa donatária?
Buscar na vivência liberta, um algo novato?

E se viver for idealizar vitórias batalhas?
E se liberdade for um decreto derradeiro do lutar?
Será o que essa tal liberdade?