segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Ingênua Vivência

A criança: esperança.
Não pensa em vingança.

Nada, na vida, lhe cansa.
Nem a dança.
A leve dança.


Seu bailado é fluente.

Seu passo é indiferente.
Sua mente, indelinqüente.
Guiada pela corrente.


Uma corrente maldosa.

De história triste, sofrível.
Sua persuasão é nocível.
Sua atração, vaidosa.


E a criança bondosa
Se descontorna, distoa.
Distoa da vida à toa.
E à toa, invade a cidade.

Espalha o medo, o temor.

E por pavor se esconde.

Se esconde da sua dor.

Vinda não sabe de onde.


Talvez se afeto vivesse

De tal forma não sofreria.
Por mais que um dia sofresse
Sua esperança retornaria.